Emmanuel Macron, anunciou esta segunda-feira, dia 13 de abril, que o confinamento em França vai durar até 11 de maio, com o seu fim a ser "progressivo". Segundo o jornal Le Figaro, o Presidente francês sublinhou ainda que as salas de cinema, teatros, salas de espetáculos e museus vão continuar fechados e que os grandes aglomerados de público estão proibidos "pelo menos até meados de julho".

"Grandes festivais e eventos com grandes públicos não podem ser realizados pelo menos até em meados de julho", sublinhou, acrescentando que "teremos que conviver com o vírus por vários meses". "Temos de continuar os nossos esforços e aplicar as regras. Quanto mais elas forem respeitadas, mais vidas vamos salvar. É por isso que o confinamento vai continuar até 11 de maio", disse ainda o Presidente francês numa comunicação ao país.

Face a esta decisão, festivais de música como  Les Nuits de Fourvières, We Love Green, Les Vieilles Charrues ou o Les Francofolies não se poderão realizar.

Esta segunda-feira, o Festival de Avignon, considerado o mais famoso evento teatral do mundo, que estava previsto para julho, no sul da França, também foi cancelado depois das declarações do presidente francês.

Com a decisão do governo francês levantam-se novas dúvidas sobre a edição deste ano do festival de Cannes, cuja a realização já tinha sido adiada de maio para finais de junho ou início de julho. “O Festival de Cannes não poderá decorrer nas datas previstas, de 12 a 23 de maio. Várias possibilidades estão a ser estudadas, de modo a preservar o seu funcionamento, sendo a principal um simples adiamento para o final de junho ou início de julho”, podia ler-se no comunicado publicado na página oficial do festival.

Em Portugal, devido à pandemia da COVID-19, vários concertos e festivais foram cancelados ou adiados - no dia 3 de abril, a Associação de Promotores e Espetáculos, Festivais e Eventos (APEFE) revelou que mais de 24800 espetáculo tinham sido cancelados, adiados ou suspensos em Portugal por causa das medidas de contenção da epidemia.