Contém spoilers!

Embora ainda não seja Natal, nem muito menos o winter finale de Once Upon a Time, a nossa série presenteou-nos com um episódio duplo especial! Coincidência ou não, tratou-se também do melhor episódio desta temporada, em que finalmente foram revelados alguns dos segredos mais significativos que justificam o enredo que se tem desenvolvido.

Começando por Regina… Finalmente ela e Robin entendem-se! Quer dizer, eles não falaram muito mas cederam ao amor que os une. Tiveram uma noite altamente tórrida e ambos decidem que aquela teria de ser a última vez que ambos deveriam estar juntos… Adorei a resposta do Robin: “if we don’t leave this room then I think that this still counts as the first time, don’t you?” Não fosse o telefonema da Mary Margaret para a avisar de que Henry se magoou, estes dois não teriam saído tão cedo do esconderijo de Regina!

Após Regina ter mencionado o assunto, Robin vai ter com Will e ambos partem em procura de pistas sobre o autor do misterioso livro que conta a história de todos os habitantes de Storybrooke. E, como seria de prever, uma pista surge inexplicavelmente na mochila de Robin: um desenho de Regina e Robin a conversarem no bar onde, segundo Tinkerbell, ambos se iriam conhecer e desenvolverem o seu verdadeiro amor. Moral da história segundo Regina: “I should have listened to that stupid fairy”.

Desesperada por ter magoado o pai e o filho, Emma vai ter com Rumple para encontrar um modo de se livrar da sua magia… e era exatamente o que o vilão queria ouvir! Quando Emma revela aos pais que irá abdicar dos seus poderes, Hook, ciente dos plano de Rumple, corre atrás da amada que, teimosamente, não atende o telefone! Por seu lado, Elsa vai também atrás da amiga… afinal os poderes de ambas são difíceis de controlar e ela sabe perfeitamente o que Emma está a sentir. Não fosse Elsa, a salvadora teria caído na armadilha do malvado Rumple. Finalmente Emma aceita e controla os seus poderes!

Os planos de Rumple falharam, mas não totalmente! Ao que parece, ele necessita do coração de alguém que o tivesse conhecido antes de se ter transformado em The Dark One… pela primeira vez respirei de alívio por Baelfire estar morto, Rumple facilmente abdicaria do filho para eliminar o único aspeto que o deixa vulnerável. Não havendo alternativa, é a Hook que Rumple rouba o coração, ficando assim a controlar o amado de Emma.

Mais uma vez, os famosos flashbacks foram deliciosos, reveladores e contextualizaram na perfeição os acontecimentos. Ingrid, manipuladora como sempre, quer o seu final feliz e não tem qualquer problema em mentir para atingir os seus fins. Ingrid prende Anna nos calabouços de Arendelle e corre até Elsa para a informar que a irmã tencionava aprisioná-la na malfadada urna. É óbvio que Elsa não acredita na tia e, junto com Anna, vão procurar o objeto mágico para aprisionar a vilã! A cumplicidade entre estas duas foi o ponto alto de todo o flashback e acabou por justificar a ação de Elsa no fim do episódio. Quando tudo estava a correr certo, Ingrid lança a sua maldição do espelho sobre Anna e esta acaba por aprisionar Elsa na tal urna… Pois é, Elsa recusou-se a matar a irmã! Aqui está a grande diferença entre tia e sobrinha: Elsa nunca mataria, nunca cederia à maldade.

Mesmo assim, Ingrid não desiste do seu final feliz e mantém o seu acordo com o aprendiz do grande feiticeiro! Aprendiz este que, na minha opinião, é o feiticeiro disfarçado… como é possível ele ser mencionado inúmeras vezes sem nunca dar o ar da sua graça? E não seria a primeira vez que um personagem de conto de fadas se disfarça… Anyway, Ingrid dá-lhe o poderoso chapéu em troca de uma terceira irmã para que tenha o final feliz que tanto deseja. E foi assim que Ingrid foi transportada para o nosso mundo, onde a magia não existia e ela conheceu Emma ainda adolescente. De todo o flashback, a lição que podemos retirar (até para a incessante busca de Regina) é, segundo a opinião do aprendiz, “Happy endings can take a long time, but they do happen”.

Finalmente a família está unida e feliz… mas por pouco tempo! Ingrid tem finalmente todos os ingredientes para libertar a sua maldição em Storybrooke… aquela maldição do espelho que ela lançou sobre Anna, mas numa escala muito maior! Enfim, já perdi a conta ao número de maldições a que esta gente é exposta…

O episódio terminou com a libertação da nova maldição e, apesar de tudo, é inegável não aceitar Rumple como o grande vilão da série. Apesar de nem sempre estar na linha da frente da malvadez, a influência dele está sempre presente na história dos vilões que vão aparecendo no enredo de Once Upon a Time. Falta pouco para o hiato de inverno mas, mesmo assim, já me dou por satisfeito pelas revelações com que este episódio nos presenteou.

Nota: 9/10

Rui André Pereira