«24: Live Another Day» articula elementos clássicos da série com situações contemporâneas da política internacional. A “ação” em contra-relógio segue o formato de 24 horas em tempo real para solucionar uma ameaça global, mas nesta temporada esse período de tempo é condensado em 12 episódios e não nos tradicionais 24 capítulos.

O enredo explora temas como os drones bélicos e a guerra tecnológica em torno da exposição de segredos de Estado à opinião pública. Jack Bauer, o herói carismático, está igual a si mesmo e sem papas na língua, provando com a sua tenacidade que os meios mais brutais valem os fins na obtenção de resultados sem burocracias. É um personagem que construiu um cliché em torno da postura e que está bem vivo neste relançamento.

A série ganha uma nova vida com a transição para um cenário diferente: Londres oferece exteriores sugestivos onde a acção pode correr livremente. Os “maus da fita” utilizam a capital britânica como palco de ataques e conspirações que se tornam verosímeis após eventos que ainda estão bem presentes na memória dos espectadores.

A temporada, apesar de ter metade da duração em relação às anteriores, proporciona mesmo assim mais ação, personagens e narrativas que cruzam várias pistas do presente e do passado de Jack Baeur. O casting em redor do protagonista é muito feliz, confirmando o cuidado que sempre existiu de ter uma seleção apurada em torno da escolha de personagens principais e secundárias.
Os argumentistas terminam a temporada em alta, confrontado o herói com o seu passado turbulento. Esperem nós na garganta (reais e metafóricos) que não descuram a legião de fãs de «24».