A 63ª edição da competição anual europeia termina no sábado em Lisboa e premiará o sucessor de Salvador Sobral, o último vencedor do evento audiovisual.

A primeira semifinal foi transmitida na quarta-feira na plataforma chinesa MangoTV, mas sem a atuação do cantor albanês Eugene Bushpepa, tatuado nos braços, nem a do irlandês Ryan O'Shaughnessy, que incluía uma dança romântica entre dois rapazes (ambas as atuações podem ser vistas aqui).

O site borrou as bandeiras do arco-íris presentes entre o público, símbolos tradicionais do movimento LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transexuais).

Em 2014, a consagração da drag queen barbuda Conchita Wurst, representante da Áustria, foi um momento emblemático na história da Eurovisão.

A homossexualidade é cada vez mais aceite na sociedade chinesa, especialmente entre os jovens urbanos, mas ainda é quase um tabu em filmes e séries de televisão. E todo o "conteúdo homossexual" é proibido em sites de streaming.

A MangoTV possui os direitos exclusivos de transmissão do concurso para a China. O site não pôde ser contatado para comentar o assunto.

Um porta-voz da Hunan TV, responsável pela plataforma de vídeo, disse à AFP que "não está ciente" do ocorrido.

Essa ação faz parte da operação lançada pelo Partido Comunista no poder de expurgar da internet qualquer conteúdo desviado dos "valores centrais do socialismo". As autoridades proíbem tatuagens na televisão desde janeiro.

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