Claire Foy, atriz que vestiu a pele de Isabel II nas duas primeiras temporadas de "The Crown", revelou, em entrevista ao Al Arabiya, que nunca recebeu a diferença prometida pela desigualdade salarial. Em março, os produtores da série Netflix admitiram que a atriz, ganhou menos que o seu colega Matt Smith, que interpretou o príncipe Philip. A justificação é que ele era mais conhecido por ter entrado na série "Dr. Who".

“Isso foi o que foi dito, que iria receber esse valor. Nunca disse nada sobre isso e os produtores também não. O facto é que esse ‘facto’ não está correto. Sim, é a Netflix, mas é uma produção britânica. Isso aconteceu ao mesmo tempo que estavam ser reveladas outras situações de salários desiguais – no [sector] musical, no jornalismo, em todos os sector. Já é claro que isso se tornou parte de uma conversa maior, e é estranho encontrar-me nessa situação”, contou.

Na entrevista, Claire Foy frisou ainda que esta experiência foi uma aprendizagem. "Percebi, bem cedo, que se me calasse ou se não pensasse sobre isso, de alguma forma, seria prejudicial para mim e para outras pessoas. Isso ensinou-me muito e ainda estou a aprender. Ainda não saí desta situação, então, sei exactamente do que estou a falar", confessou a atriz.

Em março, os produtores da série prometeram que a diferença salarial seria corrigida na terceira e quarta temporadas, em que a história vai avançar nos anos e os atores vão ser substituídos, mas apesar da proclamação de que a partir de agora ninguém iria ganhar mais do que a rainha (que será agora Olivia Colman), foi a notícia da disparidade salarial que correu mundo.

A disparidade entre os salários de atores e atrizes em Hollywood não é novidade. A classificação dos atores mais bem pagos do mundo, publicada pela revista Forbes, demonstra isso todos os anos.

Em 2017, Emma Stone, a atriz mais bem paga do mundo, teria terminado em 15º lugar se a classificação fosse mista.