James Patterson, Suzanne Collins e Margaret Atwood estão entre milhares de escritores que assinam uma carta aberta pedindo às empresas de Inteligência Artificial (IA) que obtenham permissão antes de incorporar trabalhos protegidos por direitos autorais nas suas tecnologias.

Na carta divulgada pela Authors Guild e dirigida à OpenAI, Meta, Microsoft e outros produtores de IA, os autores apontam que milhões de livros, artigos, ensaios e poesia protegidos por direitos de autor fornecem o "alimento" para os sistemas de IA, "refeições intermináveis para as quais não há fatura".

"Estão a gastar milhares de milhões de dólares para desenvolver a tecnologia de IA. É justo que nos compensem pela utilização dos nossos textos, sem os quais a IA seria banal e extremamente limitada", criticam, no texto citado pela agência Associated Press.

Outros signatários incluem os romancistas vencedores do Prémio Pulitzer Jennifer Egan, Michael Chabon e Louise Erdrich, bem como os autores Jonathan Franzen, Nora Roberts e Ron Chernow.

"Se os criadores não forem remunerados de forma justa, não poderão dar-se ao luxo de criar", afirmou a escritora Nora Roberts, acrescentando que "os seres humanos criam e escrevem histórias que os seres humanos lêem".

"Não somos robôs a serem programados, e a IA não pode criar histórias humanas sem tirar das histórias humanas já escritas", argumentou a escritora norte-americana que tem 180 romances publicados em 34 países.

A Authors Guild é a maior e mais antiga organização profissional para escritores dos Estados Unidos, e oferece apoio jurídico em questões de liberdade de expressão e proteção de direitos autorais.