A oferta musical atravessa várias nacionalidades, da israelita Dganit Elyakim ao sérvio Alen Ilijic, além dos espanhóis Machine Gun Medusa e Nostoc.

Quanto a projetos portugueses, estarão presentes artistas portuenses como Jorge Coelho, O Lendário Homem do Trigo, Well, de Inês Castanheira e João Sarnadas, Paisel, de João Filipe e Julius Gabriel, e ainda Linden, composto por Diana Combo e Tiago Silva.

“Comum a todos estes projetos é a afinidade com a ética ‘do-it-yourself’, a liberdade criativa e a exploração sonora”, nota a organização, num texto de apresentação do evento.

Além da música, que varia em géneros “desde o ‘noise' até ao 'dada-pop’”, também haverá espaço para “mini-golf, sono-gastronomia, grelhadores-tuning e várias bancas com edições independentes” de discos.

“O No Noise é aquilo que nós fazemos que cruza coisas mais díspares. São todos músicos creditados e conceituados, que fazem excelentes trabalhos, mas não temos cá o Nick Cave ou os Metallica. Gostávamos de os ter cá, mas a assistir aos concertos”, explicou, em entrevista à Lusa dias antes do evento, Gustavo Costa, um dos diretores-gerais da associação.

A ideia por detrás do evento é ser “uma festa, uma celebração sem grandes alaridos”, que funcione como “uma espécie de purga antes das férias e não como um festival tradicional”, continuando a “cobrir uma zona musical muito desprotegida”, no qual já ganharam “algum estatuto” em Portugal e na Europa.

“Solidificámos a nossa presença neste cenário europeu, e acolhermos muitos músicos faz com que possamos apresentar o nosso trabalho noutros lados”, comentou Gustavo Costa.

Um “grande projeto” em que a equipa da Sonoscopia se tem dedicado é o TransArchive, um projeto de manipulação de sons de ambiente e arquivo, criado a partir de uma outra iniciativa da associação, o Phonambient.

A terceira edição do No Noise arranca pelas 16:00 de hoje, com a atuação de Linden, Jorge Coelho, Well, Machine Gun Medusa ou Alen Ilijic, entre outros nomes.