Em entrevista à Kerrang!, Taylor recordou o colega, falecido na sequência de uma overdose em maio de 2010, revelando que não há dia em que não pense nele.

“Não há dia que passe em que não pense nele. Quando estou na estrada, as atuações ao vivo recordam-me dos nossos tempos juntos. Quando estou em casa, as fotografias expostas lembram-se dos bons e dos velhos tempos. Quando estou a ouvir música, penso em nós os dois, a ouvirmos canções novas e antigas no seu carro ou no meu, a divertirmo-nos como crianças e a darmos risadas sempre que ouvíamos uma boa”.

O vocalista continuou: “Acho que as memórias dele que mais estimo são a sua energia e o seu entusiasmo. Mesmo que não estivesses a sentir nada musicalmente e não te apetecesse fazer nada com a banda, ele era o melhor cheerleader do mundo. Depois de uma conversa com ele, tu ficavas prontíssimo para tocar, sair em digressão, gravar, ou para fazer o que quer que seja de que te estivesses a desmarcar. Sempre que me sinto enfadado, lembro-me disso. Lembro-me do legado que ele e eu, e o resto dos membros dos Slipknot, fomos capazes de construir juntos”.

“Tive o privilégio de fazer música com o Paul Gray durante 13 anos. Aprendi tanto com isso que continuo a usar as suas ideias e métodos até hoje. Tive a oportunidade de viajar pelo mundo com ele. Tive a oportunidade de ver coisas que não há muita gente que sonhe, sequer, ver durante a sua vida. Ele e eu construímos uma carreira a partir da paixão, música, raiva e arte. Podemos ter tido os nossos altos e baixos, mas ele adorou cada minuto disto. Eu sei que sim”, concluiu Corey Taylor.

Recorde-se que, na semana passada, Jim Root, guitarrista dos Slipknot, revelou ter começado já a compor para o próximo álbum da banda.

“Não temos sido capazes de fazer dois álbuns seguidos desde o nosso primeiro e o ‘Iowa’. Estamos numa fase da nossa carreira em que a banda está no topo da sua forma. Se demorarmos dois anos ou demasiado tempo [a editar um novo álbum], quem sabe se conseguiremos voltar?”, questionou o guitarrista, em entrevista ao Des Moines Register.

“Comecei a compor novamente. Se tudo correr bem, as novas músicas irão integrar um novo álbum dos Slipknot. Se não, arranjarei outra coisa para fazer com elas”, continuou Jim Root, que se mostrou ansioso por regressar a estúdio o quanto antes.