Podem não ter uma legião ativa e expressiva - ao contrário dos Coldplay, The Weeknd ou Taylor Swift -, mas as suas canções fazem parte da banda sonora de muitas vidas e haverá pouca gente que não saiba um ou dois refrães de cor.

Sete anos depois da passagem pelo Rock in Rio Lisboa (2016), a banda liderada por Adam Levine voltou a Portugal esta terça-feira, dia 13 de junho, e foi recebida em euforia pela multidão no Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras - ao contrário da semana passada, no concerto de The Weeknd, os Maroon 5 não conseguiram esgotar o recinto.

Formados em Los Angeles, em 1994, ainda enquanto Kara’s Flowers, o grupo começou a conquistar as rádios de todo o mundo em 2002, com “Songs about Jane”, que vendeu até hoje mais de nove milhões de cópias. Seguiram-se os álbuns “It Won’t Be Soon Before Long” (2007), “Hands all over” (2010), “Overexposed” (2012), “V” (2014) e “Jordi” (2021) e os sucessos foram-se multiplicando.

E eram todos esses êxitos que as milhares de pessoas queriam ouvir no Passeio Marítimo de Algés, no primeiro concerto da digressão europeia dos Maroon 5.

Pouco depois das 21h00, Adam Levine e companhia subiram ao grande palco instalado na ‘casa’ do festival NOS Alive. A viagem de alta velocidade arrancou com “Moves Like Jagger”, single do álbum “Hands All Over”. Nos primeiros versos, as vozes do público fizeram-se ouvir e assim foi durante toda a noite.

"This Love", "Stereo Hearts" e "One More Night" carimbaram um arranque com energia, especialmente devido às populares letras.

Sem paragens e com pouca conversa, Adam Levine e companhia seguiram viagem pela carreira com "Animals" e "Love Somebody", que abriu caminho para “Harder to Breathe”, tema do primeiro álbum (“Songs about Jane”, de 2002), e  cuja a letra já não está tão presente na memória do público. Mas as vozes fizeram-se ouvir logo depois em  “Lucky Strike” e “Sunday Morning”.

O clima de festa continuou com “Payphone”, um dos temas que mais convidou os fãs a dançar. No alinhamento seguiu-se  “What Lovers Do”, “Makes Me Wonder” e uma versão de  “I Wanna Be Your Lover”, tema de Prince.

Apesar de não apostar numa carreira a solo, Adam Levine já gravou com outros artistas. No concerto em Oeiras, o norte-americano recordou “Heavy”, tema de PJ Morton, membro dos Maroon 5.

As vozes continuaram afinadas e as palmas ritmadas nos êxitos seguintes - com sucesso atrás de sucesso, até parece fácil entreter multidões. 

“Maps”, “Memories” e “Don't Wanna Know” aqueceram o público para a entrada na reta final do concerto. Com energia, os Maroon 5 disseram o primeiro adeus com “Daylight”.

A noite já ia longa, mas ninguém queria ir para casa sem ouvir mais alguns sucessos da banda norte-americana. “Só mais uma, só mais uma”, gritou o público e os Maroon 5 não demoraram a voltar a palco.

Para o final, Adam Levine preparou um momento especial e acústico ao som de “Won't Go Home Without You”. “Não me lembrava bem da letra. (...) Nos Estados Unidos não gostam muito”, brincou o cantor, confessando que estava nervoso.

Para o adeus, a banda guardou  “She Will Be Loved” e “Sugar”. Foi uma noite a todo o vapor, onde todos os hinos foram cantados a uma só voz pela multidão. No final, Adam Levine prometeu ainda um regresso a Portugal - e "em breve"...