Jão é umas das novas grandes estrelas da música brasileira e a sua popularidade está num crescendo contínuo desde 2018, ano em que lançou o primeiro álbum, “Lobos”. Depois de conquistar fãs no Brasil e em Portugal com temas como “Imaturo” ou “Vou Morrer Sozinho”, o artista editou “Anti-Herói” em 2019 e a fórmula provou-se vencedora. Em 2021 chegou “Pirata”, confirmando o cantor como um caso sério de música.

Depois de uma digressão totalmente esgotada no Brasil, no verão de 2022, chegou a vez dos fãs portugueses receberem Jão. O artista paulista atuou no palco secundário do MEO Sudoeste e foi recebido com amor pelos festivaleiros. Além do festival da Zambujeira do Mar, o cantor deu concertos esgotados no Capitólio, em Lisboa, e no Hard Club, no Porto.

No arranque deste ano, Jão subiu ao palco dos principais festivais do Brasil e juntou-se a Anitta para "'Pilantra", single que conquistou os tops dos serviços de streaming de música.

O músico brasileiro esteve à conversa com o SAPO Mag, em exclusivo nacional, sobre as recentes novidades, prometendo regressar a Portugal em breve.

SAPO Mag: A última vez que conversamos foi no MEO Sudoeste, em agosto de 2022. A tua carreira continuou a crescer, sem parar. Como foram estes últimos meses?

Jão: Foram bastante intensos! Nós seguimos com a digressão de 'Pirata' sem parar até dezembro, culminando em um show lindo de despedida pra 50 mil pessoas. E, no começo de 2023, fizemos shows em festivais gigantes. No meio tempo de tudo isso, gravei o clipe de 'Pilantra' e mexi na música até ela ficar do jeitinho que a gente queria.

E agora, fazendo uma viagem no tempo, estás onde sempre sonhaste estar? Milhões de pessoas a cantar as tuas canções, concertos esgotados...

Sonhei com isso há um tempo, realizei esses sonhos e agora já estou a trabalhar para realizar os próximos que são maiores ainda.

E as ruas canções continuam a tocar as pessoas. Consegues explicar essa ligação com os fãs?

Tudo o que eu faço na minha carreira, faço com alguns pilares em mente, e a opinião dos meus fãs é um dos grandes pilares presentes. Óbvio que o principal é o respeito por mim mesmo e pela minha arte, sobre se aquilo faz sentido para mim no momento que estou vivendo como artista, mas a opinião dos meus fãs é imprescindível. Então, acredito que esse respeito que eu também tenho por eles, faz a nossa ligação ser muito mais forte. 

Falando da parceria com a Anitta, há muito que os fãs pediam. Quando se conheceram?

Eu conheci a Anitta pessoalmente numa cerimónia de prémios em 2018, quanto eu tinha acabado de lançar o meu primeiro álbum, ‘Lobos’.

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Quando nasceu a ideia para esta canção?

Essa música surgiu há uns dois anos já e ela veio com a Anitta em mente. Mostrei para ela, mas até chegar no ideal que a música é hoje, foi um tempinho.

Foi a primeira canção que gravaram, em que trabalharam? Ou trocaram várias ideias antes?

Trocamos ideias sobre música há bastante tempo, ensaiamos algumas músicas diferentes e quando fizemos 'Pilantra' no estúdio, sabíamos que era a música certa para nós dois fazermos juntos. Ficamos polindo ela durante dois anos, eu precisava terminar a digressão e os trabalhos de 'Pirata' e acertar com a agenda dos trabalhos dela. Até que no fim do ano passado, conseguimos gravar tudo!

Qual a melhor parte de trabalhar com a Anitta?

O profissionalismo e a objetividade dela. Ela pegou aquela coreografia dificílima na hora!

E como tem sido o feedback do público?

Uma das minhas maiores preocupações com ‘Pilantra’ era exatamente a reação dos meus fãs, porque é uma música diferente de tudo o que já tinha feito até agora. Mas a recepção foi incrível e muito positiva.

Para terminar, planos para o futuro? Novo álbum? Regresso a Portugal?

Sim e sim. Já estamos mexendo no novo álbum, ele ainda tá tomando forma, mas ele já é algo que existe. E não vejo a hora de reencontrar meus fãs de Portugal na minha próxima digressão.