No início de outubro, Martin Scorsese provocou uma polémica ao declarar que as longas-metragens da Marvel, concentrados no universo dos super-heróis, eram "parques de diversões" e não "cinema".

Um mês mais tarde, o vencedor do Óscar por "The Departed" e responsável por clássicos como "Taxi Drive", "O Touro Enraivecido" e "Tudo Bons Rapazes" reforçou as críticas num longo artigo de opinião no jornal The New York Times, argumentando que esses filmes não possuíam a sensação de risco, mistério e complexidade de personagens que são vitais para a “arte do cinema".

Acrescentou que eram "o resultado de pesquisas de mercado, testes com o público, para serem examinados, modificados, revestidos e remodelados até que estejam prontos para o consumo” e que "carecem de algo essencial sobre o cinema: a visão unificadora de um artista individual”.

A rejeição frontal dividiu Hollywood, os espectadores e os fãs, causando reações que variaram de apoio incondicional a acusações de hipocrisia e elitismo.

Agora, a própria filha do lendário cineasta do recente filme "O Irlandês" resolveu gozar com ele: numa história do Instagram, mostrou que estava a embrulhar as suas prendas de Natal em papel da Marvel com Vingadores como o Capitão América e o Hulk.

O tema não passou despercebido e Francesa Scorsese, de 20 anos, partilhou algumas notícias sobre o assunto nas redes sociais e deixou um recado: "Para quem não percebe: embrulhar as prendas do meu pai em papel da Marvel é apenas uma piada. Ele achou hilariante - temos uma relação em que nos metemos um com o outro e queremos sempre fazer-nos rir".