Harvey Weinstein estará infetado com o novo coronavírus, avançaram vários meios de comunicação este domingo, dia 22 de março. Segundo vários sites norte-americanos, o produtor realizou um teste na prisão e o resultado foi positivo.

À agência Reuters, o Presidente do Sindicato de guardas prisionais do estado de Nova Iorque, Michael Powers, confirmou a informação dizendo que recebeu a confirmação de que o teste tinha dado positivo no domingo de manhã, que Weinstein foi colocado em isolamento na prisão e várias pessoas colocadas em quarentena.

Michael Powers mostrou-se ainda preocupado com a situação dos guardas prisionais nas prisões do estado de Nova Iorque, nesta altura de surto de COVID-19.

Até ao momento a notícia não foi confirmada oficialmente pela própria prisão: "Não podemos comentar os registos médicos", acrescentou uma outra fonte à imprensa norte-americana.

Já o representante do produtor sublinhou que ainda não tinha recebido qualquer informação sobre o tema.

No passado dia 11 de março, no tribunal de Manhattan, Harvey Weinstein foi condenado a 23 anos de prisão pelos crimes de violação e agressão sexual de que fora considerado culpado o mês passado em Nova Iorque.

A 24 de fevereiro, após quase um mês de julgamento e cinco dias de deliberações, o júri considerou Harvey Weinstein culpado de dois crimes. A equipa de defesa anunciou o recurso para uma instância superior.

Foi considerado inocente do crime de violação em primeiro grau de Jessica Mann, assim como de duas acusações de ser um predador sexual, os delitos mais graves no processo e que poderiam levá-lo à prisão perpétua.

Ao fazê-lo, os sete homens e cinco mulheres do júri indicaram que não conseguiram decidir "além de qualquer dúvida razoável" que Weinstein também tinha violado em 1993 a atriz Annabella Sciorra, um caso que já prescreveu mas cujo testemunho os procuradores usaram para tentar estabelecer um comportamento predatório.

O veredito foi um momento histórico para o #MeToo, nome dado ao movimento que luta contra o assédio sexual e a agressão sexual, na indústria do cinema e do audiovisual, nos Estados Unidos.

O produtor de "Pulp Fiction" e "A Paixão de Shakespeare" foi o primeiro homem acusado de agressão sexual no âmbito do #MeToo a ser julgado criminalmente após a vaga de denúncias a partir de outubro de 2017, já que a do ator Bill Cosby, em abril de 2018, resultou de processos iniciados em 2015.

O antigo produtor ainda enfrentará um novo julgamento em Los Angeles, ainda sem data definida.

O Ministério Público acusa-o de ter agredido sexualmente a ex-modelo Lauren Young na casa de banho de um quarto de um hotel em Beverly Hills, em 2013, quando a aspirante a atriz tinha 22 anos.

Ele também é acusado de ter violado uma modelo italiana na noite anterior ao incidente com Young.

Mais informações sobre o COVID-19.

Notícia atualizada às 08h05 de 23 de março.

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