A organização da feira justifica o cancelamento com o facto de ter sido solicitado, pelas autoridades de saúde federais, que eventos de grande dimensão garantissem que participantes provenientes de países de risco não estivessem presentes, o que, para um evento com 2500 expositores e quase 300 mil visitantes, seria impossível.

“Dada a situação atual, consideramos que o risco para a saúde de expositores, visitantes, convidados e funcionários da Feira do Livro de Leipzig é demasiado grande”, afirmou o diretor-geral da feira, Martin Buhl-Wagner.

O cancelamento da Feira do Livro de Leipzig - que vai ter Portugal como país convidado em 2021 - sucede-se ao anúncio do cancelamento do Salão do Livro de Paris, que se realizaria de 20 a 23 de março, e do adiamento da Feira do Livro Infantil de Bolonha.

A 57.ª edição da Feira do Livro Infantil de Bolonha, considerada a mais relevante dedicada à literatura e ilustração para os mais novos, estava marcada de 30 de março a 02 de abril, mas foi reagendada para de 4 a 7 de maio.

Para já, mantém-se a Feira do Livro de Londres, agendada para 10 a 12 de Março.

Não tem sido apenas o setor livreiro a sofrer alterações. Outros eventos internacionais culturais têm vindo a ser cancelados e adiados preventivamente, como forma de controlar a propagação do surto de Covid-19.

A 22.ª edição do Festival de Documentário de Salónica, na Grécia, que deveria começar na quinta-feira e decorrer até 15 de março, foi adiada, numa decisão conjunta com o Ministério da Cultura grego, depois “do mais recente anúncio da Organização Mundial de Saúde (OMS), que elevou a sua estimativa sobre a disseminação do coronavírus”, estando agora os organizadores do festival “a considerar a sua realização no final de maio ou início de junho”.

O surto de Covid-19, que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou mais de 3100 mortos e infetou mais de 90300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, incluindo duas em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 48 mil recuperaram, segundo autoridades de saúde de vários países.

Além de 2943 mortos na China, onde o surto foi detetado em dezembro, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América, San Marino e Filipinas.

A OMS declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco “muito elevado”.

A Direção-Geral da Saúde confirmou os dois primeiros casos de infeção em Portugal, um homem de 60 anos e outro de 33, internados em hospitais do Porto.

Um tripulante português de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

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