A publicação cita executivos de quatro grandes editoras, sob a condição de anonimato, que afirmam terem recebido um manuscrito do agente do cineasta. Alguns deles disseram mesmo nem ter lido o texto.

Consultadas pela AFP, as cinco principais editoras dos Estados Unidos, a HarperCollins, a Hachette, a Macmillan, a Simon & Schuster e a Penguin Random House, não comentaram o tema.

O agente de Woody Allen não respondeu às perguntas da AFP.

Desde que o movimento #MeToo começou, o realizador foi atingido por acusações de abuso sexual pela sua filha adotiva Dylan, que teria ocorrido em 1992.

Embora os processos tenham sido arquivados na época depois de duas investigações em separado, Dylan, apoiada pela sua mãe adotiva Mia Farrow e pelo seu irmão Ronan, renovou as suas acusações no início de 2018. Allen negou sempre as alegações.

Como a sua imagem se deteriorou, vários atores e atrizes que trabalharam com Woody Allen distanciaram-se publicamente e disseram que não queriam voltar a trabalhar com ele.

No início de fevereiro, o realizador processou o grupo Amazon por quebra de contrato, culpando o gigante da Internet por encerrar os seus acordos de produção.

A Amazon confirmou que rompeu o seu compromisso de financiar quatro filmes no total de 68 milhões de dólares, justificando a sua decisão pelas "repetidas acusações" contra o cineasta e as suas "declarações controversas".

O processo está em andamento e poderá ser julgado em 2020.