O palmarés recompensou outros filmes, mas principalmente "Green Book", "Roma", "Bohemian Rhapsody" e "Black Panther". "A Favorita" só ganhou uma estatueta, mas protagonizou a surpresa da noite.
O Óscar de melhor filme estrangeiro foi hoje entregue a "Roma", do realizador mexicano Alfonso Cuarón, na 91.ª edição dos prémios da Academia de Hollywood.
"We Will Rock You" colocou a elite de Hollywood em pé no número de abertura dos Óscares. Tina Fey, Maya Rudolph e Amy Poehler brincaram com as mediáticas polémicas que antecederam a cerimónia.
A atriz Célia de Sousa faleceu na sexta-feira, aos 74 anos, num hospital de Lisboa, indicou hoje à agência Lusa fonte da Casa do Artista, onde residia há alguns anos.
Mede apenas 33 cm, pesa 3,85 kg e chama-se Óscar: este careca musculado, banhado a ouro e que se ergue sobre um rolo de filme, é o prémio mais importante do mundo da Sétima Arte.
A 91ª cerimónia dos prémios da Academia acontece esta noite (já pela madrugada em Portugal) e só Lady Gaga parece ser vencedora antecipada na Melhor Canção. Para Melhor Filme, as apostas dividem-se entre "Roma" e "Green Book", mas os outros seis candidatos também têm argumentos fortes.
Como um cometa destinado a transitar entre dois mundos longínquos, Yalitza Aparicio passou de ser uma tímida professora de pré-primária num empoeirado povoado indígena das montanhas do México a uma aclamada atriz no glamour de Hollywood. Uma trajetória admirável, porém marcada pelo racismo.
O seu filme "Cafarnaum" concorre ao Óscar de melhor filme estrangeiro, mas a realizadora libanesa Nadine Labaki tem uma tarefa mais difícil: aproveitar o entusiasmo despertado para conseguir uma mudança real no seu país.
Uma produção filmada por ordem cronológica, sem que os atores ou equipa de produção tivessem acesso a todo o guião, com direito a instruções contraditórias para confundir o elenco: "Roma" foi o laboratório para Alfonso Cuarón reinventar o seu estilo de fazer cinema.
Para as centenas de pessoas que se acotovelam a tirar fotos com a passadeira vermelha em fundo, à porta do Dolby Theatre em Hollywood, os percalços da 91ª edição dos Óscares são indiferentes.
Os "prémios" destacaram a comédia com Will Ferrell e John C. Reilly à volta do detetive criado por Arthur Conan Doyle, mas aproveitaram a presença do presidente dos EUA em dois documentários. Melissa McCarthy conseguiu um feito único: ganhou Pior Atriz e foi perdoada na mesma cerimónia.
Kevin Hart, categorias atiradas para os intervalos, campanhas negativas, a Netflix a despertar invejas: eis o retrato da temporada de prémios que se tornou um pesadelo de relações públicas para a Academia dos Óscares.