Roman Polanski viu recusado pela justiça de Los Angeles o seu pedido para ter garantias de não ser preso pela violação de uma rapariga de 13 anos caso se desloque aos EUA.

O tribunal diz que os seus advogados não citaram nenhuma autoridade para apoiar o seu pedido de uma moção que obrigasse os procuradores a tornar públicos vários documentos sobre o processo.

O premiado cineasta franco-polaco de "O Pianista" e "Chinatown", agora com 83 anos, confessou ter tido "relações sexuais ilegais" com Samantha Gailey em casa do ator Jack Nicholson, mas negou a violação como parte de um acordo e ficou 42 dias preso numa penitenciária do estado da Califórnia, antes de ser libertado.

Polanski alega que o juiz do caso, Laurence Rittenband, recusou esse acordo em 1978 que tinha sido feito com os procuradores e que implicaria 48 dias de prisão, dizendo que devia cumprir até 50 anos.

Por causa disso, fugiu dos EUA há 39 anos e enfrentou desde então vários pedidos de extradição. Em 2009, ele ainda passou um ano preso na Suíça, onde mora.

O advogado do realizador acredita que se a existência de um acordo secreto for reconhecido pela Justiça polaca, esta deve convencer as autoridades dos EUA de que a pena já foi cumprida. Assim sendo, o tribunal devia aceitar "o princípio de cortesia", o que permitiria a Polanski regressar sem medo de ir para a prisão.

Na sua mais recente deliberação, o tribunal de Los Angeles diz que os procuradores têm o direito a recusar discutir quaisquer matérias substantivas sobre o caso até que o realizador compareça fisicamente à jurisdição das autoridades.

Finalmente, assinala que Roman Polanski não tem direito de se valer do poder daquela instância para ouvir o seu apelo enquanto estiver abertamente em desrespeito de uma ordem legal desse mesmo tribunal.