O realizador português Júlio Alves iniciou esta semana a rodagem da primeira longa-metragem de ficção, "A Arte de Morrer Longe", a partir do romance homónimo de Mário de Carvalho, revelou a produtor Ukbar Filmes.

"Este filme conta-nos a história de Arnaldo e Bárbara, um casal em pleno processo de separação que se debate com o destino que irá dar a uma tartaruga de estimação, numa metáfora sobre as suas próprias vidas", lê-se na sinopse.

Do elenco fazem parte Ana Moreira, Pedro Lacerda, Custódia Gallego, João Lagarto, Luísa Cruz e Miguel Nunes.

As filmagens decorrerão em Lisboa até 6 de maio, e a produção conta com apoio financeiro do Instituto do Cinema e Audiovisual e da RTP.

É a primeira incursão de Júlio Alves numa longa-metragem de ficção, depois de ter feito várias curtas e registos documentais, assim como filmes publicitários.

Nascido em Lisboa em 1971, a estreia no cinema dá-se nos anos 1990, como assistente de realização de cineastas como Eduardo Guedes, Roberto Faenza e Yolande Zauberman.

O primeiro filme, a curta-metragem "A Fachada", é também daquele tempo, de 1995, na qual participaram Eunice Muñoz, Isabel Ruth, Márcia Breia, Glicínia Quartin, João D'Ávila, Canto e Castro, Rogério Samora e João Grosso.

O realizador regressa agora ao universo literário de Mário de Carvalho, quase duas décadas depois de ter adaptado o conto "Era uma vez um alferes" para a curta-metragem "Alferes" (2000).

Na última década fez mais de 170 filmes para publicidade e, em 2011, rodou a primeira 'longa' documental, "A Casa", filme sobre arquitetura e a relação entre quem a desenha e quem a constrói.

Júlio Alves já teve o seu cinema selecionado para festivais como o Curtas de Vila do Conde, IndieLisboa, DocLisboa, e em países como Canadá, Brasil, Argentina e França.