Nos filmes é mais um sinal do estilo, mas o álcool que James Bond consumiu ao longo de 24 filmes revelam outra coisa: um problema de saúde.

Segundo um estudo dos investigadores da Universidade de Otago (Austrália) publicado no jornal especializado dos médicos na Austrália, todos aqueles "vodka martinis" fariam do agente secreto 007 um "alcoólico crónico" que deveria receber ajuda da sua entidade patronal, o MI6.

O que também parece duvidoso: o estudo sugere que parte da culpa é dos serviços secretos britânicos, que deviam pensar em "redefinir" o trabalho do agente para reduzir os seus níveis de stress.

O mau exemplo vem logo do superior direto.

"Para começar, o M não devia oferecer bebidas ao Bond em locais de trabalho", explicou ao The Daily Telegraph Nick Wilson, o professor do Departamento de Saúde Pública da universidade que lidera o estudo.

O agente secreto terá bebida 109 vezes em 24 filmes durante 53 anos (seis décadas), o que dá uma média de 4,5 vezes por filme.

Apesar disso, costuma envolver-se em várias atividades de risco, nomeadamente conduzir a alta velocidade e lutar.

O consumo foi avaliado de acordo com o Manual de Diagnóstico e Estatística de Perturbações Mentais e os dados recolhidos dos filmes indicam que o 007 tem seis e possivelmente até nove dos 11 fatores usados para diagnosticar uma dependência.

"Há provas fortes e consistentes de que James Bond tem um problema crónico de consumo de álcool na extremidade 'severa' do espectro", revela o estudo.

O pior exemplo encontra-se no segundo filme com Daniel Craig, "Quantum of Solace" (2008), onde o agente bebeu 24 vezes, deixando-o com um nível de álcool no sangue "potencialmente fatal".

Visto por muitos como o pior filme de Craig, é provável que o abuso do álool tenha servido para disfarçar a falta de ideias: de acordo com a história da saga, a produção foi apressada por causa de uma greve do sindicato de argumentistas de Hollywood.