Apesar da estar na sétima década de vida,
Morgan Freeman só se tornou um actor reconhecido por todos por volta dos 50 anos, primeiro no papel de um proxeneta em
«Nova Iorque, Cidade Implacável» (1987), que lhe valeu a primeira nomeação ao Óscar de Melhor Actor Secundário, depois quando participou nos filmes
«Miss Daisy» e
«Tempo de Glória», ambos de 1989, sendo nomeado ao Óscar de Melhor Actor pelo primeiro.

Antes, a sua carreira dividiu-se entre o teatro, a televisão e o cinema, em papéis de relevo variável, que lhe garantiram uma reputação de actor seguro mas ainda sem o reconhecimento que os grandes papéis no cinema lhe trariam. Se as participações no palco começaram no final dos anos 60, o primeiro sucesso popular teve-o na televisão na celebre «soap»
«Another World» e os primeiros papéis de relevo real no cinema arrancam no início da década de 80.

A partir dos anos 90, a carreira de Freeman disparou em termos de reconhecimento e de estatuto. Hoje, é um actor de tal forma intocável que ninguém sequer colocou em questão a sua escolha, enquanto afro-americano, para o papel de Deus no filme
«Bruce, o Todo-Poderoso»(2003). A questão da raça passa-lhe por cima, já que Freeman é um grande actor de corpo inteiro, cujos papéis raramente têm a ver directamente com a cor da pele.

Em 1992 trabalhou pela primeira vez com
Clint Eastwood, no oscarizado
«Imperdoável», a que se seguiriam
«Million Dollar Baby - Sonhos Vencidos» (2004), que lhe valeu o Óscar de Melhor Actor Secundário, e
«Invictus», e a actual nomeação à estatueta dourada, a sexta da sua carreira.

Entretanto, além de tentar a realização com
«Bopha!» (1993), teve papéis memoráveis em filmes como
«Os Condenados de Shawshank» (1994), que lhe valeu mais uma nomeação ao Óscar de Melhor Actor,
«Se7en - Sete Pecados Mortais» (1995),
«Beijos que Matam» (1997),
«Amistad» (1997),
«Betty» (2002),
«Sob Suspeita» (2002),
«Crime em Primeiro Grau» (2002),
«Batman - O Início» (2005),
«Uma Vida Acabada» (2005),
«Há Dias de Azar» (2006) e
«Vista pela Última Vez» (2007).