Os filmes "Gritos" perdeu a sua jovem protagonista e não foi por causa do vilão Ghostface.

Melissa Barrera foi discretamente removida do próximo filme pelo estúdio Spyglass Media, após ter ajudado a revitalizar a saga de terror como a efetiva protagonista no quinto "Gritos" (2022) e "Gritos 6" (2023), posicionando-se como a "Sidney Prescott" (Neve Campbell) da nova geração.

Variety, The Hollywood Reporter e Deadline avançaram que a razão para o despedimento foram várias partilhas nas redes sociais da atriz mexicana de 33 anos, algumas das quais interpretadas como antissemitas, após o agravamento do conflito entre Israel e Hamas na sequência do ataque de 7 de outubro.

Embora não existissem notícias sobre o elenco de "Gritos 7" após o fim da greve dos atores, várias fontes em Hollywood disseram que a atriz se preparava para voltar a ser Sam Carpenter, a irmã da personagem de Jenna Ortega e filha "secreta" do vilão do primeiro filme.

A Spyglass não quis responder aos pedidos de esclarecimento da imprensa especializada americana.

Nas suas "Instagram stories", a atriz referiu-se a Israel como uma terra “colonizada” e "A Palestina vai ser livre", colocando uma citação em itálico que dizia "Tentaram enterrar-nos, mas sabiam que éramos sementes".

Noutra mensagem em que diz amar os seus "amigos judeus", escreve sobre a morte de crianças dos dois lados e pergunta "por que é que uma organização é considerada terrorista, mas um governo está apenas a agir em legítima defesa? Por que é que as pessoas escuras são terroristas, mas os governos brancos que agem de forma semelhante não são? Estas questões são maiores do que o atual conflito".

A atriz também diz que "Gaza está atualmente a ser tratada atualmente como um campo de concentração. Encurralar todos juntos, sem ter para onde ir, sem eletricidade, sem água... as pessoas não aprenderam nada com a nossa história. E tal como a nossa história, ainda assistem a tudo a acontecer silenciosamente. Isto é genocídio e limpeza étnica".

Barrera também repetiu uma afirmação frequentemente considerada antissemita de que os judeus controlam a comunicação social, escrevendo que "os media ocidentais apenas mostram o lado [israelita]. Por que fazem isso, vou deixar-vos deduzir por vocês mesmos".

Estas e dezenas de mensagens estão disponíveis numa conta da rede social X (antigo Twitter) de fãs chamada "Sam Carpenter The Ghost Slayer".

As primeiras partilhas: