Bridget Jones, uma das personagens femininas da literatura mais importantes criadas nos últimos 70 anos,  também "teve" o seu momento #MeToo.

Foi em 1995 que a famosa personagem da ficção nasceu pela mão de Helen Fielding nas páginas do jornal "The Independent", na forma de um diário em jeito de sátira sobre as observações de uma trintona solteirona em Londres à volta das suas amigas casadas, homens, ginástica, comida e sexo.

A popularidade foi tanta que, um ano mais tarde, surgiu o primeiro livro, "O Diário de Bridget Jones", que seria adaptado ao cinema em 2001 com Renée Zellweger.

Aí, bem como na sequela três anos mais tarde, "O Novo Diário de Bridget Jones" (2004), também baseada num livro, a história andava principalmente à volta do triângulo formado pela heroína com Daniel Cleaver (Hugh Grant), o sedutor patrão, e  Mark Darcy (Colin Firth), um advogado divorciado e bem mais aborrecido.

Este domingo na revista do Sunday Times, a escritora coloca a sua personagem a reler os seus antigos diários com um olhar muito diferente, o do movimento #MeToo, recordando o assédio de que foi alvo pelos patrões masculinos durante a carreira.

"O que tive de aturar, nos tempos desses diários, sem saber que tinha o direito de não aturar. Venham falar-me do #MeToo", escreve agora.

"Apenas aceitei que uma parte de ter um emprego era que o meu patrão poderia olhar à vontade para os meus seios, não saber o meu nome e pedir para usar um vestido justo para fazer um discurso idiota", acrescenta mais à frente a famosa personagem.

Bridget Jones diz mesmo que Daniel Cleaver e Mr. Fitzherbert, o chefe da editora, perderiam as suas posições sem apelo nem agravo se tivessem o mesmo comportamento nos nossos dias.

Tudo o que se passa à frente e atrás das câmaras!

Receba o melhor do SAPO Mag, semanalmente, no seu email.

Os temas quentes do cinema, da TV e da música!

Ative as notificações do SAPO Mag.

O que está a dar na TV, no cinema e na música!

Siga o SAPO nas redes sociais. Use a #SAPOmag nas suas publicações.