"Godzilla x Kong: O Novo Império" alcançou o topo das bilheteiras norte-americanas no seu fim de semana de estreia, pulverizando a concorrência com uns enormes 80 milhões de dólares, de acordo com o observador da indústria Exhibitor Relations.

Muitos críticos não gostaram muito do filme da Warner Bros. e Legendary, mas o público discordou e as receitas ficaram muito à frente dos esperados 45 a 55 milhões.

"Os números finais podem mudar até segunda-feira, mas sejam eles quais forem, esta é uma abertura fantástica", disse o analista David A. Gross, com vendas de bilhetes 2,5 vezes maiores que a média para uma sequela com os monstros.

Adam Wingard voltou como realizador, juntando no elenco Rebecca Hall, Brian Tyree Henry e Dan Stevens, para um título onde o enorme gorila e o gigante reptiliano deixam as suas diferenças de parte, unindo-se para salvar as suas espécies e os humanos na última edição do 'MonsterVerse'.

“O Novo Império” teve um orçamento de 135 milhões, sem incluir o marketing, pelo que precisa ter impacto nos cinemas de todo o mundo para justificar o seu poderoso orçamento. O arranque é promissor: 194 milhões de dólares, após arrecadar 114 milhões em 64 mercados internacionais, com destaque para uns impressionantes 44 milhões na China, onde muitos dos grandes filmes de Hollywood não conseguem valores que se aproximem deste nível (na segunda-feira, as receitas vão superar já os 46,5 milhões conquistados por "Dune: Parte II" para ser considerado o maior sucesso de Hollywood em 2024 no país).

"Oppenheimer"

Ainda no mercado internacional, oito meses e sete Óscares depois, destaque para a estreia finalmente no Japão de "Oppenheimer", que se centra na criação da bomba atómica que os EUA lançaram sobre aquele país para terminar a Segunda Guerra Mundial. Ficou em terceiro lugar nas bilheteiras, atrás de dois filmes domésticos, com 2,6 milhões, a maior estreia do ano até agora entre qualquer título de Hollywood e também à frente da maioria dos outros filmes do realizador Christopher Nolan.

De regresso aos EUA, em segundo lugar nas bilheteiras, com uns estimados 15,7 milhões, ficou "Caça-Fantasmas: O Império do Gelo", que reúne os 'novos' caça-fantasmas (Paul Rudd, Carrie Coon) com os veteranos (Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson) enquanto enfrentam uma divindade assustadora que tenta lançar uma nova Era Glacial.

Claramente prejudicado no seu segundo fim de semana pelo outro filme com '"Império" no título, caindo 65% desde a estreia, o total doméstico é de 73.5 milhões e uns medíocres 108,5 milhões a nível global: com um orçamento de 100 milhões, sem incluir as pesadas despesas de marketing, e as salas a ficarem com cerca de metade das receitas, vai ser preciso uma grande resistências nas próximas semanas nas bilheteiras para justificar o regresso da Sony à saga.

Entretanto, a Warner Bros. e a Legendary também podem comemorar o épico de ficção científica "Dune: Parte Dois", sobre a guerra e a sobrevivência num planeta inóspito coberto de areia, que ficou em terceiro lugar, arrecadando cerca de 11,1 milhões de dólares, totalizando 252,4 milhões no mercado doméstico e 626,1 a nível global, em comparação com 406 milhões do primeiro filme em 2021.

Em quarto lugar, perdendo uma posição em relação ao fim de semana passado, ficou a comédia de artes marciais de animação "O Panda Kung Fu 4", da Universal e da DreamWorks Animation, com 10,2 milhões de dólares: o total doméstico vai nos 151,7 milhões de dólares e 347,3 milhões de dólares a nível global, mais do que os recentes filmes do género da Disney e da Pixar.

"Imaculada", um novo filme de terror psicológico do estúdio independente Neon e protagonizado por Sydney Sweeney (do recente sucesso "Todos Menos Tu"), ficou em quinto lugar, com 3,3 milhões no seu segundo fim de semana, com um total doméstica de 11 milhões, contra um orçamento de nove milhões.