O grupo Glaad (Aliança Gay e Lésbica Contra a Difamação) defende que a Disney devia incluir personagens gay no próximo filme "Star Wars" para melhorar o seu registo de representatividade LGBT.

O apelo surge após o relatório anual da responsabilidade dos estúdios revelado pela organização indicar que nenhum dos 11 filmes lançados pela Disney em 2015 teve personagens gay.

"Como os projetos de ficção científica são uma oportunidade especial para criar mundos únicos nos quais as sociedades avançadas podem servir de reflexão sobre as nossas, o local mais óbvio onde a Disney podia incluir personagens LGBT é no futuro oitavo filme 'Star Wars'", indicou o relatório da Glaad.

"'O Despertar da Força' em 2015 apresentou um novo e diversificado trio, o que permite aos criadores contar novas histórias ao desenvolverem o seu passado. Livros oficiais recentes na saga apresentavam personagens homossexuais e lésbicas que também podiam facilmente ser colocadas nas histórias", acrescenta o estudo.

O apelo surgiu ao mesmo tempo que está a decorrer uma campanha no Twitter que apela à Disney para confirmar que a Rainha Elsa de "Frozen - O Reino do Gelo" é lésbica na sequela que está em preparação do filme de animação de maior sucesso comercial de sempre.

Vários fãs de "Star Wars" também notaram que a dinâmica vista entre Finn (John Boyega) e Poe Dameron (Oscar Isaac) em "O Despertar da Força" pode indiciar algo mais que pode ser desenvolvido nos próximos filmes.

Boyega mostrou-se disponível para a ideia da mudança de relação numa entrevista durante os prémios BAFTA em fevereiro e um mês antes Rian Johnson, realizador do oitavo filme, deitou achas para essa fogueira ao retwittar desenhos dos fãs a mostrar os dois membros da resistência a beijarem-se.

O estudo da organização não-governamental norte-americana que monitoriza a forma como os media retratam as pessoas LGBT também confirmou que dos 126 filmes dos grandes estúdios lançados em 2015, apenas 22 têm personagens gay, e destaca dois filmes com Kevin Hart, "Faz-te Homem" e "O Amigo do Peito", pela forma negativa como representam os estereótipos do "pânico gay".