20 de março é a data anunciada para se tornar efetiva a fusão histórica entre a Disney e a Fox.

A união entre os dois estúdios gigantes de Hollywood deverá tornar-se oficial à 00h02 (fuso horário de Nova Iorque).

Num comunicado oficial, a Disney revelou estes prazos já que o acordo foi aprovado pela entidade reguladora do México, a última que faltava após a do Brasil ter chegado no final de fevereiro.

Agora, os acionistas da 21st Century Fox têm até à próxima quinta-feira para escolher a quantidade de dinheiro e ações da Disney que querem receber no âmbito da fusão de 71,3 mil milhões de dólares [60,6 mil milhões de euros].

Segundo o acordo, os acionistas da 21st Century Fox vão receber 38 dólares por ação, em dinheiro ou ações da "Nova Disney", ficando no final da operação financeira com 17% a 20% dessa "holding" que vai juntar a Disney e a Fox.

Entre outros ativos, a "Nova Disney" ficará com o estúdio de cinema 20th Century Fox, atualmente o terceiro maior de Hollywood, bem como o estúdio que produz as séries de TV e o vasto catálogo de títulos de ambos, canais por cabo como a FX e a National Geographic, bem como 30% da plataforma "Hulu".

A Marvel, detida pela Disney, voltará por exemplo a tomar posse dos direitos da saga "X-Men".

Segundo as projeções, além da redução da produção de filmes da Fox, mais de quatro mil empregos serão perdidos na eliminação das estruturas e recursos que agora existem em duplicado.

A 19 de março nascerá a Fox Corporation, a nova entidade que juntará os ativos que a Disney não irá comprar ao magnata Rupert Murdoch, como o canal nacional Fox e as suas 28 estações, além dos canais por cabo Fox Sports e o controverso Fox News, bem como jornais de influência como o Wall Street Journal, New York Post, Times of London, além de vários títulos na Austrália.

A fusão vai abanar o mundo do entretenimento e dos media no importantíssimo controlo de conteúdos e distribuição, num momento em que vários estúdios se preparam para uma competição intensa no "streaming".