Acabou a odisseia de Jorge Antonio Guerrero Martínez: o ator de "Roma" finalmente conseguiu o visto para entrar nos EUA e poderá ir à cerimónia dos Óscares.

Segundo o Los Angeles Times, a Netflix, que distribui o filme, conseguiu desbloquer a situação com a embaixada dos EUA no México.

Segundo os agradecimentos nas redes sociais, também já tem o bilhete para assistir à cerimónia dos Óscares em Los Angeles a 24 de fevereiro.

No mês anterior, tornou-se notícia que o ator que representava o pouco simpático cadete Fermín, namorado da protagonista Cleo (Yalitza Aparicio) obcecado pelas artes marciais, no filme candidato a dez estatuetas, tinha visto todos os seus pedidos recusados pelos autoridades ao abrigo da lei de emigração.

Por causa disso, esteve afastado de muitos dos eventos à volta do filme candidato, ao contrário do realizador Alfonso Cuarón e das atrizes agora nomeadas para os Óscares Yalitza Aparicio e Marina de Tavira.

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Segundo revelou o jornal mexicano El Sol de Acapulco (citando a revista de entretenimento Quién), a embaixada dos EUA recusou o visto de entrada no país por três vezes.

A primeira vez foi no início de 2018, ainda antes da estreia mundial do filme no Festival de Veneza, quando quis visitar o país como turista.

As outras tentativas foram no outono quando se tornou evidente a força de "Roma" na temporada de prémios. As rejeições levaram-no a falhar eventos apoiados pela Netflix, bem como cerimónias de prémios como os Globos de Ouro.

Por comentários que foram feitos durante uma das tentativas, Guerrero pensa que os funcionários da embaixada pensaram pela sua aparência que era um trabalhador à procura de emprego e não um ator, recusando-se a ler o convite por escrito de uma das produtores que garantia que participaria como convidado em visionamentos especiais e eventos relacionados com a temporada de prémios.

"O que quero pensar é que é uma questão de procedimentos. É um procedimento que quero seguir e que fui recusado pelos entrevistadores que me calharam. Quero pensar isso porque se conseguíssemos encontrar uma forma para um funcionário consular ou alguém na embaixada ver essas cartas de convites, se poderia perceber a figura artística que tenho e o intercâmbio cultural que se está a formar entre duas nações", notou.

Apesar das recusas, Guerrero mostrou-se feliz pelas nomeações conquistadas por "Roma" e prometia não desistir de encontrar uma solução antes da cerimónia.

"Estou super contente, Oxalá, oxalá, e digo-o com todo o meu coração, que a Yalitza ganhe o Óscar. Imaginem, estou a pensar mais sobre isso. E, eventualmente, se se puder resolver [o visto] era bom", concluiu.

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