Taraji P. Henson chorou ao falar sobre como é mal paga pelo seu trabalho durante uma entrevista em que estava a promover um novo filme, a versão musical de "A Cor Púrpura", que chega aos cinemas portugueses só a 8 de fevereiro de 2024.

A atriz, conhecida pela série "Empire" e também no cinema por "O Estranho Caso de Benjamin Button", pelo qual foi nomeada para um Óscar, e "Elementos Secretos" não aguentou as emoções num programa da SiriusXM quando a jornalista Gayle King lhe perguntou se ainda estava a pensar em desistir, de acordo com rumores que tinha ouvido.

“Estou cansada de trabalhar tanto, de ser atenciosa no que faço e de receber uma fração do custo", disse depois de uma longa pausa.

"Estou cansada de ouvir as minhas colegas dizerem repetidamente a mesma coisa. Uma pessoa cansa-se. Ouço as pessoas dizerem: ‘Trabalhas tanto’. Bem, tem de ser. A matemática não está a funcionar ['The math ain’t math-ing' no original]. Tem-se uma equipa quando se começa a trabalhar muito. As contas são grandes no que fazemos. Não fazemos isto sozinhos. É uma equipa inteira atrás de nós. Eles têm que ser pagos”, continuou.

"Portanto, quando se houve alguém a dizer 'Ah, este e aquele fizeram 10 milhões de dólares, saibam que isso não lhes chega à conta. Saibam que, à partida, o Tio Sam [o Estdo9] vai receber 50%. Ok? Façam as contas, agora temos cinco milhões. A sua equipa ganha 30% do que consegues, não depois do que o Tio Sam levou. Agora, façam as contas. Sou apenas humana. Parece que sempre que faço algo e supera outro patamar, estou outra vez no fundo do poço quando chega a altura de renegociar, como se nunca tivesse feito o que acabei de fazer e estou cansada. Estou cansada. Isto desgasta-nos", admitiu.

VEJA O MOMENTO.

A trabalhar em Hollywood desde meados da década de 1990, Taraji P. Henson diz noutro momento da entrevista que, apesar de vários sucessos na carreira, ainda lhe dizem que não há dinheiro suficiente porque, entre outras desculpas, os atores negros e as suas histórias "não funcionam no estrangeiro".

"E eu só devo sorrir e sorrir e aguentar. Já chega! É por isso que tenho outras [marcas em publicidade], porque esta indústria, se deixarmos, rouba-nos a nossa alma. Recuso-me a deixar isso acontecer", concluiu.

A ENTREVISTA COMPLETA.