"Wayward Pines" é provavelmente a série mais esperada da Fox para este ano e chegou finalmente, numa estreia à escala global na qual se inclui Portugal.

A história centra-se num agente dos Serviços Secretos norte-americanos, Ethan Burke, que se desloca à cidade de Wayward Pines em busca de dois agentes que desapareceram.

Começando pela cidade em si, o termo paraíso parece encaixar-se na perfeição, uma vez que estamos perante uma localidade idílica, mas ao mesmo tempo muito misteriosa e na qual todos parecem ser monitorados por alguém. O simples ambiente que a série transmite para o espectador permite-nos sentir esse mistério que corre pelas ruas da cidade.

Passando agora para Ethan Burke, que facilmente é estabelecido como protagonista, vemos um agente dos Serviços Secretos com um histórico de doenças mentais, o que nos leva a questionar se aquilo que fomos presenciando é a realidade ou apenas mais um dos delírios dele.

Através de alguns flashbacks, ficamos a conhecer um pouco do passado de Ethan. Pelas conversas a que fomos assistindo entre ele e o seu psicólogo, e também a sua parceira, sabemos que Ethan esteve no meio de algum ataque que causou a morte a 621 pessoas e pelas quais ele se sente responsável.

Mas o mais interessante desenvolve-se mesmo dentro de Wayward Pines, onde ele tenta desesperadamente estabelecer algum tipo de contacto com o exterior. Digo-o desta forma porque esta pequena cidade parece estar completamente isolada do resto do mundo e apesar de ele acreditar estar a ligar para a sua família ou para Seattle, ninguém do outro lado recebe qualquer notícia dele.

As pessoas que ele vai encontrando na sua descoberta da cidade são muito estranhas, excetuando Beverly, que afinal de contas também se encontra encurralada naquela cidade desde 1999. Rapidamente ele descobre os agentes pelos quais ele procura, mas não da forma que desejaria. Evans encontra-se morto numa casa abandonada, por tentar sair da cidade e que não parece despertar grande interesse no xerife Pope, e Kate acredita estar presa naquela localidade há já 12 anos, vivendo uma vida de fachada.

Apesar das tentativas de Ethan em contactar com Seattle, nessa cidade ninguém parece saber dele. A sua família não recebeu as mensagens que ele supostamente foi deixando para eles e na sede dos Serviços Secretos não existe qualquer tipo de provas de que Ethan tenha estado realmente naquele acidente.

Acontece que Adam Hassler, o chefe de Ethan e amigo da família, parece estar envolvido neste misterioso desaparecimento juntamente com o psiquiatra Dr. Jenkins, que vemos questionar tudo aquilo que Ethan acredita estar a vivenciar em Wayward Pines. A minha intuição leva-me a acreditar que aquela pequena cidade serve como uma espécie de prisão e Evans, Kate, Beverly e Ethan foram enviados para lá por saberem de alguma coisa que não seria suposto.

"Wayward Pines" assume-se como uma série de drama e mistério e conseguiu transparecer para o espetador isso mesmo. O mistério encontra-se presente ao virar de cada esquina, os habitantes daquela pequena cidade são também eles o rosto da intriga e não sabemos em quem acreditar. As interpretações são também bastante convincentes, mas tenho obviamente de destacar a prestação de Matt Dillon. Ele consegue transportar todas as aflições de Ethan nas suas expressões e faz também o espectador sentir o mesmo.

Para os amantes de um bom mistério têm aqui mais uma boa aposta para seguir. A série promete muito e espero sinceramente que consiga manter o mesmo nível de interesse ao longo da sua temporada. Escusado será dizer que gostei muito daquilo que vi e que tenciono adicionar mais esta série à minha lista.
O que acharam desta nova aposta da Fox? Não se sintam envergonhados em partilhar connosco as vossas opiniões.

Nota: 8.5/10

Carlos Oliveira

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