Neste episódio centrado em Callie e Arizona mergulhamos nos problemas da relação das duas. Acompanhámo-las as na terapia conjugal, coisa que provavelmente já deviam ter feito há muito! Além disso, temos a estreia de Arizona a narrar um episódio. É certo que a meias com Callie, mas de qualquer das formas é a primeira vez que Arizona “dá voz” a um episódio e isso é um marco importante para a personagem.

Na terapia, as duas falam de como se sentem, há ali algumas atribuições de culpas disto e daquilo, mas nada de muito grave. Callie manda as piadinhas do costume, é relutante em relação às sessões (como sempre a imaginei a ser) e a coitada da terapeuta tem de gerir aquilo. E chega à conclusão de que elas deviam fazer uma espécie de exercício, desafio ou como lhe queiram chamar. E o que é? Uma pausa (com data limite de término) na relação. Trinta dias sem falarem (a não ser em caso de emergência), sem contacto e intimidade sexual. Se quebrarem as regras, os 30 dias recomeçam.

A Callie não quer, mas a Arizona acha boa ideia e lá acabam por embarcar em trinta dias separadas. Só que não conseguem. Uma vez por culpa da Callie, que feita predadora se foi atirar à Arizona (embora tenham parado a tempo de não fazer sexo) e outra por culpa da Arizona, que não sabia da Callie e foi atrás dela. Depois ainda quebraram o acordo mais uma vez, mas nenhuma delas disse nada e não houve forma de a terapeuta saber.

Neste período, fomos vendo a actividade profissional das duas, vimos uma Callie muito bêbeda a passar tempo com uma Meredith também bastante bêbeda no Joe’s, vimos a Arizona a aturar a chata da Dr.ª Herman (mulher insuportável)… Mas tudo se dirigia para o final dos 30 dias, quando a pausa na relação de Callie e Arizona terminava.

Ao fim desse tempo, sentaram-se novamente no gabinete da terapeuta. Quando eu pensava que ia ficar tudo bem entre elas… Estava redondamente enganada. E se tivesse tido que adivinhar de que parte viria uma grande revelação, o nome Callie nunca me teria vindo à ideia. A Callie foi aquela que nunca teve dúvidas na relação e quando a ouvi dizer que naquelas quatro semanas em que estiveram separadas ela se sentiu livre, que se tinha rido muito… Uau, fiquei mesmo surpreendida. Estou ainda a tentar perceber se fiquei ou não contente, mas não sei.

A pobre da Arizona ficou atarantada, talvez devastada até possa ser o termo certo, mas pela primeira vez em muito tempo, a Callie pareceu saber exactamente o que queria e o que precisava. E sejamos sinceros, elas passaram por muito, sim, e conseguiram recuperar de muita coisa. Mas será que um casal tem sempre de se esforçar assim tanto? Tem de lutar assim tanto? Talvez para elas tenha terminado essa luta. Talvez esteja na altura de cada uma seguir em frente e ser feliz sozinha. Não foi isso mesmo que a Callie sugeriu? Além do mais, não me pareceu ter sido uma daquelas coisas de que a Callie se lembrou porque sim ou porque estava zangada ou magoada. Não pareceu ser nenhuma dessas coisas. Pareceu que ela se apercebeu de que por vezes o amor não é suficiente.

Agora só quero que chegue o próximo episódio para saber como é que as coisas vão ficar. De qualquer das formas só quero que elas sejam felizes. Juntas ou separadas, quero que cada uma delas seja feliz. Vamos ver se é possível.

Nota: 7/10

Diana Sampaio.