Depois de seis temporadas, sete anos e três elencos, "The Crown" vai chegar ao fim.

A primeira parte da sexta e última temporada estreia-se esta quinta-feira, dia 16 de novembro, na Netflix, e vai contar com apenas quatro episódios. Já os seis capítulos finais chegam no próximo mês, no dia 14 de dezembro, ao serviço de streaming.

A nova temporada sobre o reinado de Isabel II irá foca-se na história entre a morte da Princesa Diana em 1997 e o casamento do Príncipe Carlos e Camilla em 2005.

Ao longo dos episódios, "a princesa Diana e Dodi Fayed estreitam o seu relacionamento, mas um fatídico acidente de automóvel muda a sua história para sempre".

"Após a morte da mãe, o príncipe William tenta voltar à rotina em Eton, enquanto a monarquia enfrenta a opinião pública. À medida que a data do seu Jubileu de Ouro se aproxima, a rainha contempla o futuro da monarquia: o casamento de Charles e Camilla e o início do conto de fadas de William e Kate", resume o serviço de streaming..

Um dos destaques da história está também no início do Século XX, quando William começou a frequentar a Universidade de St. Andrews, determinado a seguir, enquanto ainda podia, uma vida tão normal quando possível, onde conheceu a plebeia Kate pela primeira vez.

Regressam da temporada anterior Imelda Staunton (Isabel II), Jonathan Pryce (Príncipe Filipe), Elizabeth Debicki (Princesa Diana), Dominic West (Príncipe Carlos), Lesley Manville (Princesa Margarida), Claudia Harrison (Princesa Ana) e Olivia Williams (Camilla Parker Bowles).

Novidades no elenco serão Bertie Carvel (o Primeiro-Ministro Tony Blair), Salim Daw (Mohamed Al Fayed), Khalid Abdalla (Dodi Fayed) e Luther Ford (Príncipe Harry).

Veja o trailer:

"The Crown" estreou-se a 14 de novembro de 2016. Ambientado nas décadas de 1940 e 50, a primeira temporada explorou o casamento entre Isabel II (Claire Foy) e Filipe, duque de Edimburgo (Matt Smith), com destaque para a coroação da rainha depois da morte prematura do seu pai .

Claire Foy e Matt Smith continuaram como protagonistas nas temporadas 1 e 2, antes de passar o testemunho a Olivia Colman e Tobias Menzie, que interpretaram os papéis nas duas temporadas seguintes (3 e 4). Já Imelda Staunton começou a assumir o papel de Isabel e Jonathan Pryce o de Príncipe Filipe na quinta temporada.

Ao longo dos anos (e que acabará com cerca de 60 horas de televisão), a série também contou com a participação de atores como John Lithgow, Helena Bonham Carter, Charles Dance, Matthew Goode, Gillian Anderson, Emerald Fennell e Jonny Lee Miller, entre outros.

Ao longo da história, família real britânica sempre foi objeto de fascínio e intriga, mas ao longo de seis temporadas de televisão, o criador de "The Crown" , Peter Morgan, tentou humanizar as figuras da monarquia. Com a série, houve um despertar de um novo interesse na família real e na cultura britânica - segundo a Netflix, as pesquisas sobre os acontecimentos aumentaram com a estreia da série.

Até hoje, "The Crown" é uma das produções mais premiadas do Reino Unido de todos os tempos, tendo vencido o primeiro Emmy de Melhor Drama da Netflix – e varrendo todas as sete categorias principais dos Emmys de 2021.

A morte de Isabel II

The Crown

Peter Morgan, criador de "The Crown", já tinha terminado de escrever a sexta e última temporada da série quando Isabel II morreu. O falecimento da Rainha levou a que o showrunner britânico fizesse algumas mudanças no episódio final da sexta temporada.

Em entrevista à Variety, Peter Morgan frisou que era impossível dizer adeus à série sem abordar a morte da monarca - apesar dos acontecimentos da sexta temporada terminarem em 2005.

"Todos nós já passamos pela experiência do funeral. Então, devido à forma tão profunda como todos o sentiram, tive que tentar encontrar uma maneira de o episódio final lidar com a morte da personagem, mesmo que ela ainda estivesse viva [na série]", explicou à revista.

Na entrevista, o britânico confessou que inicialmente ponderou abordar a morte da rainha, mas que descartou a ideia quando decidiu terminar a série em 2005. "Foi o limite para mantê-la histórica, não jornalística. Acho que parar quase 20 anos antes dos dias atuais é digno", frisou.