Liam Neeson anunciou que vai deixar de fazer filmes de ação por causa da idade e dedicar-se a papéis mais sérios, como o que vimos recentemente às ordens de Martin Scorsese em "Silêncio".

Apesar de ter vários papéis de ação na carreira, nomeadamente "Vingança Sem Rosto" (1990) e "Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma" (1990), durante muitos anos o ator irlandês continuava a ser mais conhecido pelos filmes dramáticos, principalmente "A Lista de Schindler" (1993), pelo qual foi nomeado para os Óscares.

A nova faceta na carreira surgiu com o sucesso inesperado de "Taken - Busca Implacável" em 2008, onde interpretava um antigo agente governamental a tentar encontrar a filha raptada.

Seguiram-se duas sequelas e quase uma dúzia de títulos do mesmo género, mas apenas um deles tornou-se outro clássico: "The Grey - A Presa" (2011), em que era um homem forçado a  liderar um grupo de trabalhadores na  luta pela sobrevivência após um avião se despenhar no Alasca, contra os ferimentos, um clima impiedoso e uma feroz alcateia de  lobos.

No Festival de Toronto, Liam Neeson atribuiu essa trajetória a um acaso, foi  "tudo um acidente puro".

Acrescentou que os produtores continuam a oferecer-lhe "dinheiro a sério" para continuar.

"E eu respondo: 'Meus caros, tenho 65 anos'. Os espectadores vão acabar por dizer: 'A sério?', afirmou.

Apesar da intenção anunciada no festival, ainda existem dois filmes inéditos para celebrar esta faceta do ator: "Hard Powder",  onde enfrenta traficantes de droga, e "The Commuter", em que se vê apanhado no meio de uma conspiração criminosa.