"Deadpool 3" é uma das primeiras vítimas da greve decretada pelo Screen Actors Guild (SAG-AFTRA).

A sequela conseguiu fechar a história antes do início da greve dos argumentistas de Hollywood a 2 de maio, mas não sobreviveu ao fracasso na quarta-feira das negociações do sindicato dos atores com os grandes estúdios.

O filme da Marvel é o maior projeto de Hollywood até ao momento a parar: a rodagem já não avançou esta sexta-feira em Inglaterra, confirmou a imprensa especializada norte-americana.

A interrupção acontece apenas alguns dias depois de ter sido partilhada a primeira fotografia do regresso de Ryan Reynolds como o anti-herói desbocado ao lado do afiado mutante Wolverine de Hugh Jackman.

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Ironicamente, a estreia de "Deadpool 3" nos cinemas tinha sido antecipada pela Disney de 8 de novembro para 3 de maio de 2024, enquanto as datas dos outros filmes da Marvel sofreram adiamentos relacionados com a greve dos argumentistas.

Outra grande produção de Hollywood já afetada pela paragem dos atores terá sido "Wicked", também em Inglaterra: o Daily Mail revelou as imagens dos cenários abandonados do musical com Ariana Grande em Buckinghamshire.

Uma "greve dupla" não acontecia em Hollywood desde 1960 e deverá paralisar quase todas as produções de cinema e televisão dos EUA, levando a longos atrasos e, no caso dos filmes, adiamento das grandes produções.

Os atores reivindicam melhorias salariais, um reajuste nos pagamentos que recebem pelas reexibições das suas produções (chamados "residuais"), além de definições sobre o uso da Inteligência Artificial (IA) na indústria, entre outros pontos.