Gal Gadot terá ameaçado abandonar "Mulher-Maravilha 2" a não ser que Brett Ratner e a sua produtora, RatPac-Dune Entertainment, sejam retirados dos complexos acordos de financiamento do projeto.

A par do realizador James Toback e do ator Kevin Spacey, o realizador e produtor Brett Ratner é uma das personalidades de Hollywood que foram acusadas  de vários casos de assédio sexual, num movimento de denúncia que surgiu após o escândalo envolvendo o poderoso produtor Harvey Weinstein.

As acusações ao criador da série "Prison Break" e realizador da trilogia "Hora de Ponta" e ainda de filmes como "Dragão Vermelho", "X-Men: O Confronto Final" e "Hércules", foram feitas numa investigação divulgada no Los Angeles Times (LAT)  e envolviam seis atrizes, incluindo Natasha Henstridge e Olivia Munn.

As alegações levaram o estúdio Warner Bros, com quem Ratner tem um acordo de produção e financiamento de projetos, a decidir não renovar o acordo para lá de 2018.

Apesar dos desmentidos de Brett Ratner através do seu advogado, a sua posição piorou quando a atriz Ellen Page, com quem trabalhou em "X-Men: O Confronto Final" (2006), revelou que ele decidiu expor a sua orientação sexual à frente de todos os atores e equipa numa sessão de apresentação antes de começar a rodagem. A acusação recebeu o apoio da colega Anna Paquin, que estava presente.

O Page Six relata agora que Gal Gadot não quer assinar o contrato para a sequela de "Mulher-Maravilha" a não ser que a Warner chegue a um acordo com Brett Ratner que o remova do projeto. Tudo porque ele foi um dos principais beneficiados pelo sucesso do último verão pois a sua produtora ajudou a montar o complexo acordo de financiamento.

Alguns dias antes da publicação no artigo no LAT, a atriz israelita também desmarcou a presença num jantar onde apresentaria um prémio ao produtor e realizador.

A fonte ouvida acrescentou: "Ela é dura e defende os seus princípios. Ela também sabe que a melhor forma que atingir pessoas como Brett Ratner é na carteira. Ela também sabe que a Warner tem de se colocar do lado dela neste tema em desenvolvimento. Eles não podem ter um filme enraizado na força das mulheres parcialmente financiado por um homem acusado de conduta sexual imprópria contra as mulheres."

O Page Six diz pediu ao estúdio um comentário sobre a notícia, que respondeu apenas que era "falso".