Faltam apresentar sete filmes dos 19 na mostra competitiva do Festival de Cannes antes do anúncio do prémio da Palma de Ouro, no domingo, pelo júri, presidido pelo espanhol Pedro Almodóvar, que pode anunciar um veredito bem diferente daquele dos prognósticos da imprensa.

Foi assim no ano passado, com a distinção de "Eu, Daniel Blake", de Ken Loach, enquanto todas as apostas indicavam "Toni Erdmann", da alemã Maren Ade.

Por agora, a cinco dias do final, os favoritos são são uma crónica sobre a epidemia da Sida na França e um filme russo sobre uma família desfeita.

As apostas apontam para "120 Battements par Minute" ([120 Pulsações por Minuto]) (foto em cima), o terceiro filme do francês Robin Campillo, que impressionou no sábado à crítica francesa. Em 140 minutos, o filme descreve a luta contra a epidemia de Sida através da ação da associação Act Up em Paris.

Seis membros de um painel de 15 críticos franceses atribuem-lhe o prémio máximo.

A revista especializada Screen, com um grupo de 11 críticos internacionais, mostra-se um pouco menos entusiasta e atribuiu-lhe uma nota 2,5, atrás de "Loveless", de Andrei Zvyaguintsev, o primeiro filme apresentado na competição. Este drama sobre uma família destruída quer simbolizar uma sociedade russa desumanizada (nota 3,2).

Qualificando-o de "obra-prima", Peter Bradshaw, crítico do jornal britânico The Guardian, deu-lhe cinco estrelas.

O novo filme de Michael Haneke, "Happy End", pelo contrário, dececionou uma parte da crítica, que já pensava que o realizador austríaco obteria uma terceira Palma de Ouro, depois dos prémios por "O Laço Branco" e "Amor".

Prémios às interpretações

Já com um prémio de interpretação no currículo por "Z - A Orgia do Poder", de Costa Gavras, em 1969, o ator francês veterano Jean-Louis Trintignant poderá levar um segundo prémio com "Happy End". Na história de Michael Haneke, o ator de 86 anos é um patriarca de uma família burguesa sem vontade de viver.

Além dele, Adam Sandler também foi aplaudido pela crítica pelo seu papel de filho dominado pelo pai (Dustin Hoffman) em "The Meyerowitz Stories". "Uma revelação", avançou Robbie Collin, do Daily Telegraph.

Outro ator que não passou despercebido foi o argentino Nahuel Pérez Biscayart, cujo papel como doente de Sida e militante em "120 Battements par Minute" convenceu parte da imprensa.

Em relação às atrizes, os especialistas ainda não se encantaram com nenhuma intérprete, embora em "Loveless", a russa Maryana Spivak interprete com distinção uma mãe sem nenhum tipo de sentimentos.

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